Dia 10 de setembro é considerado o “Dia Mundial de Combate ao Suicídio”. Está é uma doença grave e assunto de saúde pública. No Brasil estima-se que a cada 40 minutos alguém comete suicídio.
A maioria das pessoas evita conversar sobre o assunto por medo, insegurança ou pré-conceitos, mas a melhor forma de prevenção, ainda é conversarmos e promovermos debates acerca do suicídio.
É comum que qualquer pessoa tenha tido algum pensamento suicida ao longo da vida. Neste caso, classificamos como ideias suicidas. Na grande maioria dos casos esses pensamentos vêm e passam rapidamente, principalmente em fases em que a pessoa está enfrentando algo crítico, dolorido e desafiante para o seu psiquismo.
Existem alguns fatores de risco:
- A maioria dos casos ocorre nos países mais ricos e desenvolvidos;
- Acomete mais homens do que mulheres;
- A incidência é maior entre pessoas mais velhas, embora no últimos anos tenha tido uma alta entre os adolescentes;
- Grupos que sofrem discriminação social e pessoas que foram vítimas de violências (psicológica, física, sexual), também fazem parte do grupo que mais comete suicídio.
Na maioria dos casos, cerca de 90% das pessoas que comentem suicídio sofrem de um transtorno mental, principalmente, associados a depressão, transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático.
Existem emaranhamentos familiares que atuam nas famílias onde ocorreu um caso de suicídio, podendo ser algo transgeracional com familiares que já cometeram algo contra si, como automutilação, autodestruição, uso de drogas, entre outros.
Muitas vezes a pessoa tenta resolver um problema maior do que ela, aí é como se fizesse um ato heroico, “eu deixo a minha vida para resolver essa questão”. Sem se dar conta que a gente não pode resolver problemas maiores do que nós.
A maioria das pessoas julgam quem cometeu suicídio, dizem: é falta Deus, é frescura, covardia, fraqueza, egoísmo. Mas, o que existe por trás de um ato assim é um movimento muito complexo e forte da Alma Humana.
Para as famílias de pessoas que se suicidaram é muito difícil e dolorido, a maioria fica buscando respostas, sentem-se culpados e tem dificuldade de lidar com a aceitação da dor emocional de quem partiu.
Para essas famílias fica a mensagem de que elas precisam fazer algo para se curar e que a gente pode olhar para os emaranhamentos do sistema familiar e evitar essas repetições de doenças mentais e atos suicidas.
É importante que consigam tirar o véu que encobre o que há por trás. Existem inúmeras causas que levam a pessoa a cometer esse ato, mas existe tratamento. Por isso, é significativo o alerta de observarmos alguns sinais que a pessoa pode dar.
Alguns deles são:
- Falar indiretas sobre o suicídio, por exemplo:
– “Estou cansado de viver.”;
– “Qualquer dia eu desapareço”;
– “Não aguento mais”. - Ter atitudes como se estivesse se despedindo;
- Presença de materiais suspeitos como medicamentos, facas, armas, cordas;
- Uso de álcool e drogas;
- Isolamento;
- Depois de uma fase de crise, uma fase repentina de melhora;
- Começar a se desfazer de objetos pessoais, entre outros.
Em muitos casos podemos prevenir suicídios, se estivermos atentos e buscarmos ajuda.
Desconfiou que alguém não está bem? Pergunte com afeto:
“Estou vendo que você não está bem…quer conversar? Precisa de uma ajuda?”
É muito importante a busca pela ajuda profissional. As pessoas estão sofrendo muito, um sofrimento da Alma, algo que eles não conseguem encontrar a vontade de viver, a vontade de servir a vida.
A prevenção do suicídio tem que ser uma prática diária!
Se existe vida, existe jeito!
Vamos fazer a nossa parte!
Muita Luz para Você!